A marca Romanti Cultura é uma extensão da empresa Romanti Casino Azores, Jogo e Animação Turística, SA na prossecução da sua missão de desenvolvimento sustentável de projectos na área do entretenimento e da cultura, respeitando a envolvente socio-económica e oferecendo valor aos seus clientes, colaboradores, fornecedores, parceiros e comunidade em geral.
Reconhecendo a importância de criar experiências culturais acessíveis e envolventes, a empresa assume o papel de facilitador, tendo criado a marca Romanti Cultura para através desta promover iniciativas culturais que realcem o valor da arte e das expressões criativas na vida da comunidade.
Sendo a arte uma linguagem que dá acesso a novas formas de ver o mundo, que possibilita reflexões profundas sobre a realidade, que promove ligações entre diferentes culturas e que fomenta a criação de empatias, pretende a Romanti Cultura proporcionar à comunidade em geral, projectos e iniciativas que transcendam barreiras e aproximem o público de dimensões emocionais, intelectuais e sociais que ampliem a compreensão do ser humano e da sociedade.
Com o objectivo de colocar a cultura ao serviço da sociedade, proporcionar um espaço dinâmico e inclusivo onde a arte possa ser apreciada e discutida, através de uma programação anual, abrangente e diversificada nasce o projecto Pontes Culturais. Este projeto, encarna a missão da Romanti Cultura de promover o intercâmbio cultural e fortalecer os laços entre os artistas locais, nacionais e internacionais, reforçando o elo entre o público e as experiências artísticas.
Com exposições, performances, workshops e outras actividades ao longo do ano, o projecto Pontes Culturais, da Romanti Cultura, é uma plataforma para o diálogo com que pretende envolver e inspirar o público, incentivando à sua participação activa na vida cultural da região.
“Diálogos (In)temporais”, reúne obras de dois nomes de referência na arte contemporânea, Sofia Areal uma artista de Portugal Continental, que vivenciou a ilha de São Miguel durante quatro anos, e Urbano, um artista micaelense.
Esta exposição convida-nos a suspender o tempo, a olhar para além das nossas próprias limitações temporais, e a vivenciar a arte como um portal que nos transporta para uma dimensão onde o passado, o presente e o futuro coexistem em harmonia. Nesta exposição, a intemporalidade revela-se como um campo fértil de possibilidades, uma viagem que nos conduz a questionar a nossa própria existência no tempo e a beleza efémera das coisas. Aqui, a arte não é apenas uma expressão do momento; é uma porta aberta para o infinito, onde o tempo se dissolve e apenas a essência permanece.
Apesar de Sofia e Urbano terem trajetórias artísticas distintas, ambos compartilham uma forte ligação com a abstração, a cor (ou a ausência dela), a natureza e a emoção. Enquanto Areal se foca numa linguagem mais gestual e energética, Urbano incorpora uma maior ligação com o ambiente natural e uma sensibilidade mais contemplativa. Em ambos os casos, as obras abstraem e sintetizam o mundo à sua volta, criando diálogos visuais que convocam o visitante para uma experiência sensorial e emocional única.
Sofia Areal, conhecida pela sua linguagem abstrata, trabalha a cor e a forma de maneira vibrante, explorando o diálogo entre a matéria e a espiritualidade. As suas composições estão repletas de dinamismo, onde manchas, linhas, círculos e cores se fundem num campo visual que estimula a imaginação. O círculo na sua obra não é uma figura estática; é movimento, é pulsação. Ele emerge como um símbolo fundamental da sua gramática plástica, sugerindo continuidade, transmutação e uma interligação entre todas as coisas. Para Sofia, o círculo representa a vida na sua plenitude — é nele que tudo cabe. Ele é a síntese da existência, uma forma que abriga o início e o fim, o interior e o exterior e que liga todas as dimensões da experiência humana.
Observando as obras do Urbano, percebemos que as formas já existiam num plano etéreo, moldadas à luz das emoções. Uma paleta fortemente habitada por azul revela de forma quase minimalista o banco onde a avó se sentava a ler a Bíblia, contribuindo para um sentimento onírico, em que a função do objeto é mais ligada ao significado pessoal do que ao realismo, “Setembro #3”. Seguimos “viagem” pelas suas memórias, que despontam suavemente, de mansinho, como uma promessa, e que nos conduzem, gradualmente, a uma explosão de cor, repleta de fragmentos da infância. Esse clímax, de uma vibração quase fauvista, encontra-se espelhado em “Setembro #6”, obra de cores fortes e vibrantes. Essa memória fresca que se tornou real, e que sendo íntima é também universal, vai-se esbatendo, aos poucos, de regresso ao seu lugar ancestral, “Setembro #12”.
É com este diálogo, que transcende o tempo, que damos início ao projecto Pontes Culturais da Romanti Cultura.
Sobre a artista
Sofia Areal nasceu em Lisboa, em 1960.
É uma das mais importantes artistas portuguesas da atualidade. Inicia a formação artística no Herefordshire College of Art & Design, no Reino Unido, frequentando os cursos de Textile Design, entre 1978 e 1979, e o Foundation Course, entre 1979 e 1980. O interesse inicial pela técnica da tapeçaria é direcionado para a pintura e o desenho, em virtude do tempo associado ao processo de produção, onde encontra a velocidade, o instante, e neles satisfaz a liberdade do impulso, da surpresa e do acidente, e a exploração de uma relação uníssona com os suportes e os materiais. Em Portugal, frequenta os ateliers de pintura e gravura do Ar.Co, entre 1981 e 1983. Expõe coletivamente desde 1982 e individualmente desde 1990.
Na sua composição, busca um ideal solar, uma estética do belo, do agradável, do prazer, da harmonia, que procura nas relações de equilíbrios, entre fundo e composição, entre risco e mancha, entre texturas e lisuras, entre opacidades e transparências, entre as cores sólidas de uma palete em que predominam os vermelhos, os amarelos, os azuis, os negros e os brancos sem renunciar a presenças de desdobramentos em cores secundárias, e encontra nos contrastes formais que emergem do instinto do gesto declaradamente musculado, que inscrevem os pessoais.
Está representada nas coleções: Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal. Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea, Almada, Portugal; Museu de Arte Contemporânea de Elvas, Coleção António Cachola, Elvas, Portugal; Museu de Arte Contemporânea do Funchal, Madeira, Portugal; Coleção A.N.A., Lisboa, Portugal; FEVAL, Cáceres, Espanha; Fundação Carmona e Costa, Lisboa, Portugal. Fundação Oriente, Macau, China e Portugal; Fundação D. Luís I, Cascais, Portugal; Fundação de Serralves, Porto, Portugal; Fundação PLMJ, Lisboa, Portugal; Fundação Millennium BCP, Lisboa, Portugal; Fundação Leal Rios, Lisboa, Portugal; Banco Espírito Santo, Lisboa, Portugal; Banif Mais, Lisboa, Portugal; Afundación, Obra Social ABANCA Galiza, Espanha; Câmara Municipal de Ponta Delgada, Açores, Portugal; Museu Carlos Reis, Torres Novas, Portugal;; Coleção Vodafone, Lisboa, Portugal; Coleção Alberto Caetano, Lisboa, Portugal; Coleção Figueiredo Ribeiro, Abrantes, Portugal; Coleção Luis Ferreira, Lisboa, Portugal.
Sobre o artista
João Urbano Melo Resendes nasceu na ilha de São Miguel, Açores, em 1959. Vive e trabalha no Porto e nos Açores.
Estudou gravura na Slade School of Fine Art, Londres, 1995/7. Em 1998 participou no Kaleidoscope Program: The Royal University College of Fine Arts, Estocolmo e Tavira Print Workshop.
Desde 1997 é representado pela Galeria 111, em Lisboa.
Em 2000, com a sua exposição individual “Os Primeiros Frutos”, inaugurou a Galeria Fonseca Macedo em Ponta Delgada, com a qual colabora.
Em 2015 foi-lhe atribuída a “Insígnia Autonómica de Reconhecimento” pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
Até 2023 realizou 50 exposições individuais e participou em mais de 100exposições colectivas.
Tem vários livros editados sobre a sua obra.
Está representada nas coleções: Museu Carlos Machado, Ponta Delgada; Museu de Angra do Heroísmo; Arquipélago — Centro de Artes Contemporâneas, Ribeira Grande; Centro Cultural da Caloura, Lagoa, São Miguel; Presidência do Governo dos Açores, Palácio de Sant'Ana, Ponta Delgada; Direcção Regional dos Assuntos Culturais; Reitoria da Universidade dos Açores, Ponta Delgada; Museu da Presidência da República, Lisboa; Museu da Cidade, Lisboa; Fundação Berardo, Lisboa; Escola Secundária Antero de Quental, Ponta Delgada; Escola Secundária Domingos Rebelo, Ponta Delgada; Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada; Biblioteca Municipal Tomaz Borba Vieira, Lagoa, Açores; University College, Londres; Câmara Municipal de Ponta Delgada; Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada; Novo Banco, Ponta Delgada; Santander Totta, Ponta Delgada; Millennium bcp, Lisboa e Ponta Delgada; E.D.A. — Electricidade dos Açores, SA; Companhia de Seguros Fidelidade, Lisboa; Embaixadas de Portugal: Brasília; Estocolmo; Zagreb; Madrid e Unesco, Paris; Coleção Manuel de Brito, Lisboa.
Nesta talk, vamos abordar o impacto da Inteligência Artificial no mundo da arte e refletir sobre o papel desta tecnologia: será ela uma ameaça à criatividade humana ou uma aliada que amplia as possibilidades criativas? Com o surgimento de algoritmos capazes de criar obras de arte, música e poesia, a linha entre criação humana e digital torna-se cada vez mais ténue, desafiando-nos a redefenir o que entendemos por arte. A IA traz questões profundas sobre autoria, originalidade e o futuro dos artistas, propondo uma reavaliação do que constitui a expressão artística no século XXI.
Intervenientes
João Constância | diretor Museu Carlos Machado
Margarida Andrade | artista plástica
Sofia Areal | artista plástica
Filipe Alves Moura | CTO na EHAB, MSc em Interação Humano-Computador, Especialista em Tecnologia e Inovação
Moderadora
Ana Cristina Baptista | curadora
Num mundo onde as experiências estão no centro do interesse turístico, a arte destaca-se como um valioso ativo cultural e económico. Através da arte, mergulhamos em histórias, culturas e sensibilidades únicas. Mas como transformar a arte numa verdadeira atração turística sem perder a sua essência e significado? Como podemos aumentar o seu potencial turístico?
Nesta talk vamos falar da arte, como produto turístico, que agrega valor às comunidades locais e oferece aos turistas uma visão mais profunda e envolvente dos destinos que visitam.
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